Construção Civil Registra Mais de Uma Contratação Por Dia

Construção Civil Registra Mais de Uma Contratação Por Dia

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Cíntia Souza
Da reportagem local

A Construção Civil registrou mais de uma contratação por dia em Catanduva. Dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon) mostram que só em maio, foram admitidos 42 novos funcionários na cidade. Catanduva é a cidade da região que mais contratou no período. Um aumento de 2,64% em relação a abril. Com as contratações, sobe para 1.634, o número de trabalhadores com carteira assinada no setor.
A cidade segue na contramão do visto em toda região, que conta com 140 municípios. A exemplo de Catanduva, São José do Rio Preto é exceção, com recuperação no saldo de emprego. Em maio foram abertas 27 novas vagas, o que corresponde a um aumento de 0,21% em relação a abril. Esse foi o primeiro resultado positivo do ano. A cidade conta com 12.677 trabalhadores com carteira assinada.
Votuporanga também gerou emprego. Foram contratados 14 novos funcionários. Um aumento de 0,86% no comparativo com abril. Esse foi o segundo mês com saldo positivo na cidade. Atualmente são 1.650 trabalhadores registrados no setor.
Fernandópolis também teve contratações em maio. Foram 13 novos postos de trabalho. O aumento em relação a abril chega a 1,25%. Com isso, o setor acumula 1.055 trabalhadores registrados. Em Birigui, o resultado foi positivo. Foram criadas duas novas vagas em maio. Um aumento de 0,17% em relação ao mês anterior. Com isso, a cidade contabiliza 1.190 pessoas com carteira assinada no setor da construção civil.
Araçatuba fechou maio com o primeiro saldo negativo do ano. Foram fechados 57 postos de trabalho, uma queda de 1,53% no comparativo com abril. A cidade contabiliza 3.667 trabalhadores formais no setor. Em Andradina, os números também são negativos. Isso porque foram fechadas 54 vagas, uma queda de 7,93% em relação a abril, diminuindo para 627 o número de trabalhadores formais na construção civil.
Região e Estado em baixa
A região de São José do Rio Preto, que engloba 140 municípios fechou o mês de maio com demissão de 98 funcionários no setor da construção civil. O saldo representa uma queda de 0,32% em comparação ao mês de abril. No Estado de São Paulo, em maio, houve queda de 1,56% no número de empregos formais no comparativo com abril. Uma queda de 11,7 mil vagas. O estoque de trabalhadores foi de 757, mil em abril para 746,1 mil em maio. Quando se desconta a sazonalidade, houve uma alta de 0,41% (3,06 mil vagas).
No período, o seguimento imobiliário teve o pior desempenho (-20,4%) seguido do de obras de acabamento (-2,01%). Só na Capital, que responde por 45% do total de empregos no setor, a queda em maio, no comparativo com abril foi de 1,88% (-6.442 vagas). Nos últimos 12 meses, São Paulo teve uma retração de 12,77% no setor.
No Brasil
A construção civil brasileira teve uma queda de -1,17% no nível de emprego em maio, no comparativo com abril, com a exclusão de 33,2 mil postos de trabalho. Essa foi a 20ª queda consecutiva, desde outubro de 2014, levando o saldo de trabalhadores a cair para 2,7 milhões, o mesmo patamar visto em abril de 2010.
Mais de 106 mil vagas foram cortadas no acumulado do ano. Em 12 meses, o total de cortes chega a 462,3 mil trabalhadores, quando se desconsidera os efeitos sazonais, o número de vagas fechadas em maio chega a 37,1 mil. Segundo o presidente do SindusCon, José Romeu Ferraz Neto, a queda de empregos está relacionada a falta generalizada de novos contratos de obras. “Diante dos últimos números, elevamos de 250 mil para quase 500 mil a projeção de vagas a serem fechadas pela construção brasileira em 2016”, explica.
Ele complementa dizendo que “se esta projeção se confirmar, a indústria da construção terá suprimido 1,1 milhão de empregos formais no triênio 2014-2016, com todas as implicações econômicas e sociais negativas sobre o desenvolvimento do país. Mas isso ainda pode ser evitado com medidas imediatas, tais como investimentos emergenciais em infraestrutura da União, dos estados e dos municípios”, finaliza.

 

Fonte: O Regional